As festas juninas
Vem de longe e de muito tempo o hábito de festejar o mês de junho. São muitas as histórias a respeito da origem dessas comemorações, no entanto, uma delas conta que, há muitos séculos, alguns povos faziam rituais aos deuses para que, em troca, tivessem uma boa colheita. Nesses rituais, as pessoas ofereciam comida, acendiam fogueiras e dançavam para espantar os maus espíritos.
A Igreja Católica preferiu criar uma festa própria e o motivo era homenagear o apóstolo João, que aniversariava em 24 de junho, chamando-a de Festa Joanina.
Ao Brasil, a Festa Joanina foi trazida pelos portugueses logo no início da colonização, por volta de 1530, mas algum tempo depois, ela precisou ser adaptada aos costumes brasileiros. Mudou até de nome, passando a chamar-se Junina e incluindo em suas comemorações a homenagem a mais dois santos: Santo Antônio (13) e São Pedro (29).
Da mesma forma, as comidas adquiriram um toque brasileiro, vindo dos índios e negros que aqui viviam. Por isso mesmo, os pratos eram feitos à base de milho, mandioca, coco e amendoim. As danças também sofreram modificações: enquanto em Portugal dançava-se o fado, aqui a alegria se fazia, entre outras, com forró, bumba-meu-boi e quadrilha.
Você sabia?
Conta a história que, para os católicos, a tradição de acender fogueiras nas festas juninas vem de um acordo feito entre Maria (mãe de Jesus) e Isabel (mãe de João Batista). Elas eram primas e combinaram que, quando João Batista nascesse, Isabel acenderia uma enorme fogueira em um monte para avisar Maria.