A tecnologia enlouqueceu nossa vida com a facilidade de acesso a milhões de fontes sobre o mesmo assunto. Enquanto adultos, supostamente temos maior facilidade em afunilar o que é produtivo, o que é interessante e o que realmente nos agrega em termos de conteúdo, do que pode ser descartado.
Porém, quando falamos do excesso de informação para seres que ainda estão formando sua opinião e seu caráter, e que absorvem os conteúdos dessas como esponjas o problema se torna um pouco maior.
Hoje em dia é tendência que tenhamos que saber de tudo e, mais ainda, opinar sobre tudo. Sendo angustiante estar em uma roda de pessoas e não saber sobre qual assunto eles estão falando. As notícias e as informações viraram as novas “rodas de conversa”.
Diante de tal cenário fica a pergunta “Quem filtra essas informações para os jovens?”. Quem está disponível para o diálogo e para o questionamento da veracidade de todas as informações que lhes são bombardeadas diariamente? Quem senta com eles e lhes proporciona espaço de reflexão e de pensamento crítico sobre todos os conteúdos aos quais eles têm acesso?
A saída sempre será que família e escola caminhem juntos. Para educar é preciso educar-se diariamente, e apenas depois de abrirmos espaço no nosso próprio bombardeio de informações teremos disponibilidade de tempo e espaço mental para ser a interlocução necessária para nossos jovens.
Yara Giamboni Simões Braga