Aparecem também no topo da classificação a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Pontifícia Universidade Católica do Rio (PUC-Rio) e a federal de Minas Gerais (UFMG) nas 5ª, 6ª e 7ª posições, respectivamente.
Phill Baty, editor dos rankings da THE, ressaltou como positivo o aumento de 60% no número de estudantes no ensino superior no Brasil entre 2005 e 2012, mas alertou para a importância do aumento de investimentos na área. “É uma ótima notícia que mais brasileiros estejam nas universidades, mas o País precisa assegurar a continuidade de investimentos em suas instituições para que permaneça no topo das lista nos próximos anos”, disse.
Investimento
Em crise financeira, USP e Unicamp se destacam, segundo a THE, por sua performance forte em ensino e pesquisa. Elas, no entanto, assim como as demais universidades brasileiras que aparecem no ranking, têm como principal desafio melhorar a sua perspectiva internacional (proporção de funcionários de outros países, estudantes internacionais e estudos publicados em parceria com ao menos um coautor estrangeiro e influência em pesquisas (proporção de estudos citados em outras publicações).
Essas duas áreas de maior dificuldade, são onde se destacam as universidades chilenas – PUC do Chile e Universidade do Chile, que ocupam os 3º e 4º lugares, respectivamente.
Para Alvaro Crósta, coordenador geral da Unicamp, a análise da THE de que a instituição tem dificuldade em melhorar sua atuação internacional é correta. Ele disse que a universidade tem atuado fortemente para a sua internacionalização, com programas próprios de estágio no exterior e incentivo para a tradução de pesquisas.
Crósta também disse se preocupar com a capacidade da universidade em manter investimentos, tendo em vista a queda do repasse de recursos do Estado neste ano. Em nota, a USP também relatou preocupação. “O financiamento das pesquisas tem se mantido com os recursos advindos das agências de fomento, principalmente da Fapesp. Mas, a questão relacionada à queda de arrecadação não pode ser desconsiderada.”
Única universidade da América Latina a integrar o ranking das 100 universidades do mundo de maior reputação acadêmica, a USP piorou sua colocação neste ano – caiu da faixa de 51-60 para 91-100.
Para aumentar sua internacionalização, a USP informou que tem incentivado e apoiado pesquisas sobre temas de relevância estratégica e disse que seus pesquisadores estão cada vez mais inseridos em “importantes colaborações internacionais”.
Ranking
É a primeira vez que a THE lança uma lista específica das universidades de maior prestígio na América Latina. Em maio, ela divulgou a lista com as dez primeiras instituições, baseada em pesquisa de opinião. Nesta quinta-feira, 7, o THE apresenta o ranking feito por meio da mesma análise de dados do ranking global. A revista usa 13 métricas de performance das atividades das instituições, divididas em quatro áreas: ensino, pesquisa, transferência de conhecimento e perspectiva internacional.